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O Bimestral

Terminando de preparar os gráficos, aguarde só mais um pouquinho... pronto! :)

Para um lar, uma empresa ou um governo funcionar, é preciso de dinheiro. O dinheiro precisa vir de algum lugar, e esse dinheiro vai ser usado para pagar por bens e serviços.

Para um lar, uma empresa ou um governo continuar funcionando, é preciso que haja um equilíbrio entre o dinheiro que entra (receitas) e o dinheiro que sai (despesas).

Para alcançar esse equilíbrio ao longo do tempo, é importante planejar e monitorar essas receitas e despesas.

Para ajudar a manter esse equilíbrio, ou ao menos para manter eventuais desequilíbrios sob controle, o governo todo ano estabelece metas anuais de receitas, despesas e resultados — a diferença entre receita e despesas.

Uma das ferramentas para acompanhar essas metas é o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, publicado bimestralmente (daí ser conhecido como “O Bimestral”).

Esse relatório traz informações sobre as receitas e despesas previstas no orçamento e o seus valores após a reavaliação bimestral, com as respectivas justificativas. Essas reavaliações são feitas para a incorporação dos dados de receitas e despesas já realizadas, mudanças na conjuntura econômica (novos parâmetros), alterações na legislação ou quaisquer outros eventos que não estavam previstos no orçamento ou em relatórios anteriores.

O relatório inicialmente mostra os grandes valores das receitas e despesas, e em seguida detalha os componentes desses grandes itens. Após o texto, é possível explorar as informações e obter mais detalhes sobre os itens das receitas e despesas primárias do Governo Federal.

Vamos lá!

Este trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Comunicação e Dados do Tesouro Nacional, com informações da Secretaria de Orçamento Federal. A arte da capa foi feita pela talentosa Mariana Abreu. Todo o código e informações utilizadas estão disponíveis no repositório no Github.

Variação em relação ao orçamento:

Itens que mais cresceram em relação ao orçamento
Itens que mais diminuiram em relação ao orçamento

Despesa tal

R$ 344 bilhões

(% do total)

R$ 4 bilhões (+23%) em relação ao valor do orçamento.

Orçamento:

Reavaliação:

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O valor das receitas primárias previstas no orçamento de 2022 era de R$ 2,03 trilhões. Cada quadradinho no gráfico representa 1 bilhão de reais.

Parte desse valor, no entanto, pertence legalmente a Estados, Municípios e Distrito Federal. São as transferências constitucionais e legais, cujo valor previsto na orçamento era de R$ 386 bilhões.

Quando se descontam essas transferências, ficamos com a receita líquida, no valor de R$ 1,64 trilhão no orçamento.

Por outro lado, o orçamento prevê despesas primárias no valor de R$ 1,72 trilhão.

Confrontando as receitas líquidas com as despesas do orçamento, chegamos a um resultado primário deficitário no valor de R$ 76 bilhões.

Esse resultado está dentro da meta de resultado fixada para este ano, no valor de R$ -170 bilhões.

Na avaliação do 3 º bimestre, as despesas previstas para o ano aumentaram R$ 113 bilhões, chegando a R$ 1,83 trilhão.

Já as receitas líquidas aumentaram ainda mais: R$ 130 bilhões, chegando a R$ 1,77 trilhão.

Com isso, o resultado primário previsto melhorou e passou a um déficit de R$ 59 bilhões, também dentro da meta.

Em resumo, comparando (valores em bilhões de R$):

Receita Líquida (orçamento)

Despesa (orçamento)

Déficit (orçamento)

Receita Líquida (reavaliação)

Despesa (reavaliação)

Déficit (reavaliação)

Indo além dessa visão geral, quais são os principais componentes dessas receitas e despesas?

O maior item da despesa são os Benefícios Previdenciários, que, com um valor de R$ 790 bilhões, representa 43,1% de toda a despesa primária.

Em seguida aparecem as despesas com Pessoal e Encargos Sociais, que, com um valor de R$ 340 bilhões, representa 18,5 % das despesas primárias.

As demais despesas juntas correspondem a 38,4% do total. Vamos explorá-las em breve.

Para analisar a composição da receita, é preciso considerar o seu valor bruto, isto é, antes da dedução das transferências a Estados e Municípios.

O maior item da receita é o Imposto de Renda, que, com um valor de R$ 649 bilhões, representa 29,2% de toda a receita bruta.

O segundo maior item da receita é Arrecadação Líquida para o RGPS, que, com um valor de R$ 537 bilhões, representa 24,1% da receita bruta.

Em seguida, a terceira maior receita é COFINS. Seu valor na projeção atual é de R$ 257 bilhões, ou 11,6% da receita bruta.

As demais receitas juntas representam 35,2% do total. Vamos explorá-las a seguir.

Para explorá-los, os itens estão agora representados por bolhas, cujos tamanhos são proporcionais aos valores. As bolhas estão inicialmente dispostas horizontalmente conforme a diferença entre o valor na atual avaliação e o seu valor original no orçamento. Clique sobre elas para obter informações mais detalhadas, incluindo as justificativas para as variações.